O Leão de Neméia era uma criatura poderosa que vivia aterrorizando as florestas da Argólida, na região de Neméia.
Sua pele, contam, era indestrutível e não permitia o corte das armas mais afiadas.
Era filho de Tífon e Equidna, um casal de monstros terríveis que deu à luz outros seres célebres e assustadores como: Cérbero, o Cão do Hades; a Hidra de Lerna; a Esfinge; e a Quimera.
Porém, o Leão de Neméia não foi cuidado por seus monstruosos progenitores, mas pela deusa Hera, a rainha do Olimpo.
Ele vivia em uma caverna com apenas duas saídas e matá-lo era a primeiríssima tarefa dos famosos 12 Trabalhos de Héracles (ou Hércules), dados pelo rei Euristeu.
O herói, primeiro, tentou matar o monstro a flechadas.
Em vão, uma vez que nem flechas de bronze eram capazes de perfurar sua pele.
Depois disso, Héracles, de forma inteligente, bloqueou uma das saídas da caverna e, encurralando a fera, agarrou-a pelo pescoço e a enforcou até a morte.
Esse foi um dos maiores símbolos da força sobrehumana de Héracles, filho de Zeus.
Após arrancar o couro do animal, Héracles construiu com sua pele invulnerável um capacete e um manto.
Assim, o herói também garante a própria invulnerabilidade.
E, como forma de honrar a batalha e a glória do filho, Zeus transformou o Leão de Neméia em constelação.
Signo regido pelo Sol, Leão reveste-se de um aspecto solar e masculino. Representa a própria soberania que inspira no mundo animal, assim como a vaidade, a coragem e a justiça.
“Krishna é o leão entre os animais; Buda é o leão dos Shakya; Cristo é o leão de Judá; Ali, genro de Maomé, exaltado pelos Xiitas, é o leão de Alá.
O Pseudo-Dionísio Aeropagita procura explicar por que a teologia atribui a certos anjos o aspecto leonino: a forma de leão traduz a autoridade e a força invencível das santas inteligências; o esforço soberano, veemente e indomável para imitar a majestade divina e a capacidade celeste”.
Junito de Souza Brandão.
“Samson’s Youth” 1891
Léon Joseph Florentin Bonnat.