Porque a Fifa proíbe a exposição de marcas em jogos oficiais. A única marca que pode aparecer no uniforme dos jogadores é a do fornecedor de material esportivo e, mesmo assim, tem que respeitar parâmetros rigorosos. Em jogos oficiais, a logomarca pode aparecer apenas uma vez na camisa, em cada pé do meião, no calção e em cada luva do goleiro, ocupando no máximo 20 cm2 em cada lugar. Só não há restrições para chuteiras e uniformes de treino. O rigor do regulamento tem uma finalidade bem clara: a Fifa não quer que seus patrocinadores oficiais dividam espaço com outras marcas, que, se fossem expostas no uniforme das seleções, não lhe renderiam dinheiro nenhum. Esse exclusivismo permite que a entidade cobre um “cachê” bem salgado das marcas que patrocinam seus eventos. Atualmente, pelo menos até a próxima Copa, 15 patrocinadores pagam 40 milhões de dólares por ano para estampar suas logomarcas em placas na beira do gramado e nas transmissões dos grandes torneios (Copa do Mundo, Mundiais Sub-20 e Sub-17, Olimpíadas etc.). Em 2000, o Comitê de Estudos Estratégicos da Fifa chegou a analisar uma proposta de liberação de logomarcas em camisas de seleções e nas camisas dos juízes apenas em amistosos, mas decidiu manter a proibição. Afinal, em time que está ganhando não se pode mexer.