Myrtle Elizabeth Warren nasceu no final da década de 1920. Pouco se sabe sobre sua vida antes de Hogwarts, exceto que ela era uma bruxa nascida trouxa, o que significa que seus pais eram não-mágicos.
Myrtle foi selecionada para a casa Corvinal quando entrou em Hogwarts. Ela era uma aluna tímida e frequentemente alvo de bullying por parte de seus colegas, especialmente uma garota chamada Olivia Hornby, que zombava de seus óculos.
Em 1943, durante o seu quinto ano em Hogwarts, Myrtle foi morta por um basilisco, uma serpente gigante que habitava a Câmara Secreta, controlada por Tom Riddle (o futuro Lord Voldemort). Naquele ano, Tom Riddle havia aberto a Câmara Secreta e libertado o basilisco para cumprir a missão de Salazar Slytherin de “limpar” a escola dos nascidos trouxas.
No dia de sua morte, Myrtle estava chorando no banheiro feminino do segundo andar após um episódio de bullying. Ela ouviu uma voz (a voz do basilisco, falando em língua de cobra, que ela não compreendia) e, quando saiu da cabine para confrontar o intruso, olhou diretamente nos olhos da criatura e foi morta instantaneamente.
Após sua morte, Myrtle tornou-se um fantasma, assombrando o banheiro onde morreu. Sua morte foi atribuída inicialmente a um “acidente trágico”, e Hagrid foi falsamente acusado de ser responsável por liberar o monstro.
Como fantasma, Myrtle continuou a frequentar o banheiro feminino do segundo andar, onde morreu, que passou a ser evitado por outros alunos devido à sua presença chorosa e ao ambiente sombrio. Ela ganhou o apelido de “Murta Que Geme” devido ao seu hábito de lamentar-se constantemente, enchendo o banheiro de som de seus gemidos e choros.
Myrtle também ocasionalmente se aventurava para outros banheiros de Hogwarts, incluindo o banheiro masculino. Sua presença era considerada um incômodo pela maioria dos alunos e funcionários.
No segundo livro, “Harry Potter e a Câmara Secreta”, Harry, Rony e Hermione encontram Myrtle quando começam a investigar os ataques que ocorrem na escola. Hermione percebe que as vítimas foram petrificadas ao verem o basilisco indiretamente (através de reflexos ou outros meios). Através de suas interações com Myrtle, Harry descobre a entrada para a Câmara Secreta no banheiro onde Myrtle foi morta.
No quarto livro, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, Myrtle aparece novamente. Ela ajuda Harry na segunda tarefa do Torneio Tribruxo, indicando-lhe como abrir o Ovo Dourado debaixo d’água no banheiro dos monitores. Myrtle mostra um lado mais simpático e útil ao ajudar Harry neste momento crucial.
Myrtle é descrita como uma figura trágica e solitária. Ela se sente amargurada e ressentida pela forma como foi tratada em vida e pela forma como morreu. Ela é sensível, facilmente ofendida e tem uma tendência a se lamentar de seu destino. Apesar disso, ela demonstra momentos de gentileza e compaixão, especialmente quando ajuda Harry.
Murta Que Geme é um lembrete constante dos perigos que existem em Hogwarts e da história sombria da Câmara Secreta. Sua história trágica também serve para destacar os temas de bullying e preconceito, presentes ao longo da série “Harry Potter”.