Há 11 anos, uma história incrível de engano e falsidade abalou o Brasil e permanece viva na memória coletiva. Relembremos a mulher que um dia conquistou os holofotes como a “Grávida de Taubaté”.
No tranquilo interior de São Paulo, na cidade de Taubaté, uma pedagoga de 25 anos chamada Maria Verônica Aparecida César Santos protagonizou uma farsa que marcaria a história do país. Ela afirmou estar grávida de quadrigêmeas, um acontecimento raríssimo com chances de uma em 15 milhões.
O que mais surpreendia era sua barriga de grávida, uma visão que desafiava a lógica. Verônica e seu marido, Kléber Eduardo Melo, não só alegavam a gravidez múltipla como também revelaram os nomes das quatro meninas que estavam prestes a chegar: Maria Clara, Maria Eduarda, Maria Fernanda e Maria Vitória.
A história tomou proporções inimagináveis quando a apresentadora Chris Flores, do programa “Hoje em Dia”, começou a duvidar da veracidade da gestação e lançou uma investigação. O resultado foi escandaloso: a farsa foi desmascarada no programa “Domingo Espetacular”. Verônica nunca esteve grávida de quadrigêmeas, e o país ficou em choque.
O termo “de Taubaté” se tornou sinônimo de mentira em todo o país, e sua imagem foi manchada. Mas a surpresa não parou por aí. Verônica foi diagnosticada com pseudologia fantástica, uma condição de compulsão para a mentira.
Hoje, 11 anos após o escândalo, Maria Verônica e Kleber levam uma vida discreta, evitando ao máximo a mídia. Mas a história da “Grávida de Taubaté” permanece viva, como um lembrete impactante de como a falsidade pode deixar marcas profundas em uma sociedade que um dia acreditou.