O primeiro mascote do Flamengo foi o marinheiro Popeye, personagem de quadrinhos na década de 1940 (e, posteriormente, de desenhos animados). A ideia para o mascote partiu do chargista argentino Lorenzo Mollas, que viu, no Popeye, a força e a persistência do Flamengo, além de sua óbvia ligação com o mar. No entanto, tal mascote nunca foi muito popular entre a torcida do clube.
Na década de 1960, as torcidas rivais começam a chamar os torcedores do Flamengo de “urubus”, alusão racista à grande massa de torcedores rubro-negros afro-descendentes e pobres. Tal apelido de cunho ofensivo nunca foi bem recebido pela torcida do Flamengo, até o dia 31 de maio de 1969. Foi em um domingo, quando um torcedor rubro-negro resolveu levar a ave para um jogo entre o Flamengo e Botafogo no Maracanã. Na época, os dois clubes faziam o clássico de maior rivalidade pós-Garrincha. E o Flamengo não vencia o rival fazia quatro anos. Nas arquibancadas, os torcedores do Botafogo gritavam, como sempre, que o Flamengo era time de “urubu”.
O urubu foi solto na arquibancada com uma bandeira presa nos pés e, quando caiu no gramado, pouco antes de o jogo iniciar, a torcida fez a festa, vibrando e gritando: “é urubu, é urubu”. O Flamengo venceu o jogo por 2 a 1 e, a partir daí, o novo mascote consagrou-se, tomando o lugar do Popeye. O cartunista Henfil, rubro-negro, tratou de humanizá-lo em suas charges esportivas em jornais e revistas, e o Urubu tornou-se um mascote popular.
Em 2000, o mascote do Flamengo ganhou um desenho oficial e um nome: “Samuca”. No entanto, esse nome não se popularizou entre a torcida, que o continua chamando simplesmente de “urubu”.
Em 25 de maio de 2008, “Uruba” e “Urubinha” estrearam no Maracanã no jogo Flamengo X Internacional, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2008. A partir de então, estão presentes em diversos jogos e eventos do Flamengo.